Faltando poucos dias para o anunciado "fim do mundo", as pessoas se mostram tão apáticas que quase nada se ouve a respeito, nem em tom de brincadeira.
Poucas vozes têm tratado do tema e a que mais me chama a atenção é a dos que creem numa nova tomada de consciência a partir da tal data. Seria o fim de um longo período "em branco", um vazio generalizado que tem envolvido a humanidade e vem dando espaço à uma onda de ações deletérias que assolam o mundo, mas que não despertam praticamente indignação alguma contra quem as pratica.
No caso do Brasil, há uma década que as denúncias dos piores escândalos da República tem surtido efeito contrário ao que seria o razoável. Chefes do governo que vem protagonizando os mais graves esquemas de corrupção da história podem se dar ao luxo de amarelar, alegando que nada sabem, ou montam o espetáculo das "demissões", ficando assim liberados de prestar qualquer explicação. Todo mundo acredita e poucos questionam os resultados.
A própria imprensa se encarrega de agir como juiz a favor dessas lideranças e já redige suas matérias afirmando a isenção de quem deveria ser responsável pelos funcionários que nomeia e pelos atos que pratica.
É assim que as coisas funcionam na política, no trabalho, nos relacionamentos de um modo geral. Em alguns casos predomina a decisão de quem fala mais alto, em outros dos que têm projeção social, mais dinheiro ou poder de influência.
Se o dia da tomada de consciência previsto por alguns não se concretizar e certas falácias continuarem se propagando como verdades, podemos dizer que a sociedade vai continuar conduzindo seus pensamentos de acordo com os "formadores de opinião" e os marqueteiros se consolidam definitivamente como as pessoas mais poderosas do Brasil.
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